sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

SÉRIE: Freakazoid!

 


10 / 10
Embebido em nostalgia, lembro nesta postagem de um desenho que marcou muito minha juventude e me fazia dar altas risadas. Com vocês, Freakazoid!, e seu tipo peculiar de humor.

Confira minha opinião!

Título brasileiro: Freakazoid!
Direção: Rich Arons, Jack Heiter, Scott Jeralds, Dan Riba, Dave Marshall, Peter Shin, Ronnie Del Carmen, Eric Radomski

Vozes originais: Paul Rugg, Joe Leahy, Tress MacNeille, Edward Asner, John P. McCann, Maurice LaMarche, David Kaufman, David Warner, Tracy Rowe, Rob Paulsen, Craig Ferguson, Googy Gress, Ricardo Montalban, Stephen Furst, Jess Harnell, Jack Valenti, Stan Freberg, Mark Hamill, Norm Abram, John Rhys-Davies, Tim Curry, Paul Dini


Garoto, você não tem ideia de quanto tempo eu já ando planejando pra falar sobre isso aqui! Anos 90; televisão; canal da Warner; tardes de semana após a escola; e no meio da tarde, ele aparecia! Lá estávamos nós novamente escutando aquele tema pegajoso:

"Ele é super, é demais... FREAKAZOID! FREAKAZOID! E correr o satisfaz... FREAKAZOID! FREAKAZOID! Salva Washington DC... FREAKAZOID! FREAKAZOID! Se não tiver mais nada na TV... FREAKAZOID! FREAKAZOID! Seu cérebro nada ba-te! Tem calda de chocola-te!"

Issaê, mermão! Vamos falar de FREAKAZOOM... digo... FREAKACÊ... digo... FREAKANUDO!... Aqui está ele pra vocês, todo azulão, com cabelo do Beakman e louco pra dedéu: FREAKAZOID!

INTERROMPEMOS NOSSA RESENHA PARA UM AVISO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA: eu sou Mo-Ron! OBRIGADO; VOLTAMOS AGORA COM NOSSA RESENHA.

Imagine um desenho que seja uma paródia de produções de super-heróis; imagine agora que esse desenho segue a fórmula do humor slapstick (humor físico, parecido com o que os Três Patetas e os desenhos clássicos como os do Pica Pau e Tom e Jerry faziam); imagine ainda que, além da constante paródia, ainda temos um tipo de humor único, surreal, e com diversas quebras de quarta parede (quando os personagens falam com a audiência), referências culturais e vários outros easter-eggs da época. O herói em si é bizarramente doido! Finge que voa fazendo sonzinhos com a boca, faz piadas o tempo inteiro, tem um cabelo que parece que levou um choque, tem um tremendo ego... mas um bom coração. Você pode se perguntar: "cara, isso aconteceu mesmo em um desenho?" Sim, aconteceu! Não só aconteceu, como também era foda, divertidíssimo!

ATENÇÃO! PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA, UMA RESENHA SERÁ APRESENTADA NO SISTEMA IMPRESS-O-VISION! ISSO SIGNIFICA QUE TODA VEZ QUE EU CONTAR UM DETALHE DO SERIADO, ELE DEVERÁ SER SEGUIDO DE UM "ooooooooohh!". OBRIGADO! E AGORA, PELA PRIMEIRA VEZ, A SUA RESENHA EM IMPRESS-O-VISION!

A primeira aparição do personagem foi na terceira temporada do desenho dos Animaniacs, no episódio "This Pun for Hire", e a singela estorinha do Freakazoid! é a seguinte: Dexter Douglas, um nerd de uma escola de Washington DC, localizada na avenida Finiculì Finiculà vive com seus pais, seu irmão grandalhão que gosta de bater no Dexter, e seu gato. Ele tem uma caída pela garota Steff, mas é tímido demais e bobalhão demais para chegar junto dela, então prefere ficar em casa no seu computador. Um dia, ele ganha de seus pais um chip da linha Pinnacle, que deveria, em teoria, fazer com que seu computador pessoal ficasse mais rápido.

Só que o gato, Mr. Chubbikins, andava pelo teclado do computador do menino enquanto caçava uma borboleta, e acabou digitando a sequência "@[=g3,8d]\&fbb=-q]/hk%fg" com as patas. Nem me pergunte o que significa, hehe! Enfim, Dexter, achando que aquilo não significava coisa alguma, decide apagar apertando o botão "DELETE", só que ao apertar, Dexter é sugado para dentro do computador, e acaba saindo de lá desse jeito, todo azulão, com essa roupitcha vermelha e o cabelo engraçado. Junto, ele trazia consigo todo conhecimento da Internet, e o super-poder que seria o seu principal: o de azucrinar a vida de seus adversários e fazer muitas palhaçadas!

ESPANTO! "ooooooooohh!"
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Estava criado então o "Chapolim Colorado" dos EUA! Sim, porque se você parar pra pensar, é isso mesmo que é o personagem da WB, uma zoação legal com os super-heróis! Esta paródia pra lá de bacana, no entanto, infelizmente não caiu no gosto da sisuda audiência americana na época, fazendo com que a série fosse cancelada após duas temporadas, que foram de 1995 a 1997. Eu especulo que essa falta de audiência seja porque o Máskara já havia passado pelas telas americanas, porém, eu posso falar aqui com toda propriedade e com toda pompa: ESTA SÉRIE MARCOU MINHA ADOLESCÊNCIA!

Seguindo aquela ideia do Dr. Jekyll e Mr. Hyde, que já teve como representantes mais modernos, personagens como o já citado Máskara, e adicionando um toque de Capitão Marvel, hoje conhecido como Shazam!, cada vez que o menino
Dexter quisesse virar o Freakazoid!, ele só tinha que dizer uma palavra. Em inglês original, ficou sendo "FREAK OUT!", e em português, ficou sendo "ANIMAL!" Sim, igual o Shazam!, da DC. Uma vez dito isso, o tímido e covarde Dexter sumia e ficava bem quietinho lá no inconsciente, e quem assumia era o Freakazoid!, que assim como o Máskara, liberava geral e aprontava pra caramba, além de dar em cima da Steff, é claro!! Quando ele queria chamar o Dexter de volta, o que era raro, simplesmente dizia "FREAK IN", no português, "AO NORMAL", e pronto, desvirava outra vez.

Seus poderes? Bem, não eram frequentemente usados, mas basicamente ele tinha todo conhecimento da internet, mas os constantes updates da rede deixavam ele insano; tinha também super-força, super-velocidade, e raramente usava o dom da telecinese. Assim como o Máskara, ele conseguia se transformar em uma criatura bizarra, lembrando um desenho animado, ou seja, nunca se machucava ou morria se caísse de uma altura muito grande, por exemplo.

Além dos pais do Dexter e da Steff, o herói possuía outros aliados. Tinha por exemplo o sargento Cosgrove, um policial velho que pedia a ajuda do nosso amigão para prender doidos e supervilões; imagina um cara que, só de apontar pra você e dizer "cut it out" (em português, "pare com isso"), já te intimida a parar... na segunda temporada da série é o que vemos ele fazendo! E sempre funciona!

ESPANTO! "ooooooooohh!"
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Como todo super-herói que se preze, Freakazoid! também tinha sua galeria de vilões, oras! Quando não pedia a ajuda do herói, o sargento chamava ele simplesmente para dar umas voltas por aí, ir ver um urso andando de bicicleta, ir numa convenção, entre outros rolês. Teve um episódio, por exemplo, que ele chama o Freaka simplesmente para comer uma menta! UMA MENTA! E o herói ainda diz "aaahh, essa foi a melhor menta que eu já comi!", seguida de uma palitada nos dentes. Aí ele se lembra que tinha que fazer alguma coisa e vai cuidar da vida! Eita!

Tem muitos e muitos momentos pra lá de cômicos na série, e os vilões dela também são igualmente cômicos. Os que eu mais gostava era o Cerebelo e o Guitierrez! Era sempre um festival de piadas que me faziam dar muitas gargalhadas! Exemplo? O Freaka preso em uma mesa de cirurgia, pronto para ter sua mente duplicada em um clone malvado, e por um momento, os dois param para ver o clipe do último encontro deles em episódios anteriores; aí, logo depois eles começam a ver curtas de comédia, desses que se acha na Internet hoje em dia.

O Cerebelo era um cientista com um cérebro gigante exposto no lugar da cabeça. O Guitierrez era um sujeitinho sinistro com um tapa-olho que detestava ser chamado de pamonha! No original em inglês, era "weenie", que é um sujeito bananão, covarde, chorão. Era a morte para ele, todas as vezes que o Freaka dizia "pamonha!", e ele esbravejava "eu não sou um pamonha... VOCÊ é que é um pamonha!" Eu, falando assim, pode não soar tão engraçado, mas a questão é que a série era ótima em estabelecer as circunstâncias e a atmosfera certas para uma situação cômica acontecer. Imagina essa frase agora com o Guitierrez falando sério mesmo, em meio a raios e trovões, uma atmosfera sombria de castelo de cientista louco e trilha de suspense. Ah, e não podia faltar a risada macabra de vilão; ele ainda falava com você e ordenava "riam comigo, RIAM COMIGO, AHAHAHA!" Eu e meu irmão saíamos repetindo por aí essas frases feito dois fanboys!

Tem um outro episódio da série chamado "Handman", que é a coisa mais doida possível: Freakazoid! está enfrentando o Cerebelo, quando de repente, o herói simplesmente saca sua mão e começa a fazer ela de marionete. Freakazoid! diz que aquele era seu sidekick, seu parceiro, o Homem-Mão. Doido, não? E não pára por aí! A doideira vai mais além! De repente a mão do herói é que luta com o vilão e o derrota. Alguém pensou no famoso dito "não fui eu, foi a minha mão"? De repente, o "Homem-Mão" acha a outra mão, uma "Mulher-Mão", e se casa com ela, vivendo felizes para sempre. De repente, a gente vê que os pés do Freakazoid! também tem um relacionamento, mas brigam o tempo todo porque são muito frios um com o outro. Ha ha ha! Não deixa de ser uma crítica social, né?

Tá bem aí, ou sua cabeça já explodiu com tanta doideira?

ESPANTO! "ooooooooohh!"
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Tem ainda uma série de coisas na atração, tudo temperado com muito humor, milhares de referências de produções famosas, tanto de ficção-científica, como de terror e suspense, como 2001: A Space OdysseyStar TrekHouse of FrankensteinET, e por aí vai! Tem aparições de famosos, como o Steven Spielberg, por exemplo, e até mesmo uma rápida aparição do Batman na série! É muito doido o negócio!

A referência à 2001 é uma coisa bem gozada! O Freaka viaja ao hiperespaço, indo para dentro da Internet, e chegando lá tem o astronauta que seria o Dave Bowman de frente para ele. Aí o Dave pergunta "sabe onde fica o banheiro?" e o Freaka responde "eu não sei!" com voz grave e séria, e o astronauta agradece e continua a perambular apertado pelo quarto, suando dentro do traje e desesperado pra mijar. Fala se não é uma baita sacanagem com a produção de Kubrick, he he he!

Outros personagens, criados para a série mesmo, incluem tipos caricatos.

Tem o Hero Boy (no Brasil, Meu Herói), que era uma brincadeira com os desenhos japoneses, especialmente o Astro Boy. Era uma série em preto e branco que o Freakazoid! gostava de assistir, e nela, tinha um monstro atacando Tokio, e aí aparecia esse menininho voando, bradava "I must succeed", que em português ficou "eu tenho que vencer!", e começava a dar murrinhos no pé do monstro, berrando e grunhindo junto no processo. O monstro sempre dava um peteleco no garoto e mandava ele pra longe, e o menino se sentia chateado de não poder ter salvado o dia, mas como as pessoas achavam o moleque fofinho e divertido, davam um desconto pra ele. Aí o Freakazoid! comentava que apesar do desenho ser antigo ou ruim, a dublagem era ótima, e por isso ele sempre assistia. Nas vozes originais, ele simplesmente diz que gosta do desenho.

Tinha o escocês Roddie MacStew (com saiote e tudo), que era como um mentor do Freakazoid!, e foi um dos primeiros a descobrir a falha no chip da Pinnacle, falha implementada pelo desenvolvedor, e por isso, grande vilão da história, o já citado Armando Guitierrez. Tinha o Fanboy!, aqui no Brasil, Fã Bobão, que era um meninão nerd e gordo, o estereótipo do nerdão naquela época; era um garotão grande bem chato e cri-cri, que queria ser o sidekick do nosso herói. Entre vários outros tipos igualmente doidos! Lá pela metade da segunda temporada, o Freaka chegou até a ter um mordomo, que era um sujeitinho meio arrogante, porém medroso de dar dó!

Alguns personagens só apareciam brevemente, às vezes só no tema de abertura ou numa música, como a Freakazette!, a versão feminina do herói, mas depois nunca mais eram vistos. Curiosidadezinha: para quem assistia a série, ela estava sendo planejada em um episódio futuro, chamado "Enter, Freakazette!", mas como a série foi cancelada, nunca foi desenvolvida. Tem gente que diz que ela deveria ser a Steff no desenho, mas eu duvido! Enfim, vai ficar para sempre só na nossa imaginação quem a misteriosa personagem realmente seria.

Agora, tinha um que era visto de vez em quando e que quando aparecia causava uma impressão. Era o Emmitt Nervend. Era um sujeitinho estranho, de cabelo desgrenhado e sempre com um bizarro sorriso de Coringa. Ele nunca fazia coisa alguma, só ficava lá posando para a câmera com aquele sorriso que parece que estava tentando consumir sua alma. Sabe lá Deus de onde ele veio ou o que ele queria, mas era ele aparecer pra você pensar: "velho, quem é esse sujeito aí? O que ele tá fazendo aí no meio de todo mundo? Por que nos olha desse jeito? Ele é vizinho dos Douglas? Espião da CIA? Por que está sempre sorrindo? Por que nunca fala nada? É um troll? Um leprechaum? Um gnomo? Quem é? Quem? Queeem?? Muitas perguntas, muitas!! AAAHHHHHH!!..."

INTERROMPEMOS A RESENHA SOMENTE PARA ESCLARECER QUE TODOS OS ENVOLVIDOS NA ATRAÇÃO SOBREVIVERAM A ESSAS PERGUNTAS. OBRIGADO.

É claro, que o personagem era só uma zoação dos criadores da série, só pra mexer com a gente, assim como muitos outros da série, que eram inclusive referências a coisas famosas. Tinha o Toby Danger, que era uma referência clara ao Johnny Quest, a dupla Fatman and Boy Blubber, que eram obviamente o Adam West e o Burt Ward versão obesos. Fora as participações dos famosos, além do Spielberg, claro, como o grande Tim Curry no episódio "Island of Dr. Mystico", onde o ator de The Rocky Horror Picture Show e It fazia o tal vilão, e... sim, se você é tão nerd quanto eu, vai notar a referência cult no nome do episódio, da história The Island of Doctor Moreau, escrita por H. G. Wells. Não só essa, mas inúmeras outras referências mais que tem na série!

O seriado foi cancelado, mas isso não impediu ele de terminar devidamente: o último episódio da série, "Normadeus"; nele, lá pelos 5 minutos finais após a trama normal, a cortina vermelha se fecha e, de repente, estamos dentro do Hollywood Bowl; Freakazoid! então chama todos os vilões e aliados da série para o palco, e juntos eles se despedem cantando a clássica standart "We'll Meet Again", música de 1939, época da 2ª Guerra Mundial, que ficou famosa na voz da cantora e atriz Vera Lynn.

Hum... 1939... ok, a música é uma referência nerd, sim, ela foi feita na época para dar alento aos soldados que iam para a guerra, sim, ela é muito usada em finais de espetáculos, sim, e ela já foi extensivamente usada em muitas outras produções, e ainda é referenciada até os dias de hoje exaustivamente, sim... mas... dados os criadores da série, Bruce TimmPaul Dini e Tom Ruegger, eu posso arriscar que a referência da música, especialmente no que tange à data de sua criação, dá uma piscadela para um certo super-herói de orelhas pontudas que tem um mordomo e age... nas trevas? E que coincidentemente também foi criado em 1939? Sim, ou claro? Eu acho que está muito óbvio, não é verdade? Sim, está! Ele até aparece brevemente na série, pelo amor de Deus!

E AGORA, UM PEQUENO INTERLÚDIO MUSICAL! Tan-tan-tan-taaaaan... tan-tan-tan-taaaaaaan!! ISSO CONCLUI NOSSO INTERLÚDIO MUSICAL. VOLTAMOS AGORA COM A RESENHA.

Minha lista de episódios favoritos?? TODOS!! Sério, todos!! Não existe um episódio da série que eu goste mais, ou menos! Gosto de todos da mesma forma! Mas ok, só pra não deixar passar, vou listar brevemente os dez episódios da série que mais me marcaram. Não são necessariamente os melhores, porque eu sinceramente não consigo escolher um que seja melhor, mas pelo menos você vai poder ter uma referência para começar a assistir a série, e entender melhor como que a série foi me conquistando. Infelizmente esta série ainda não foi lançada em DVD ou Blu-Ray no Brasil, então não tem como eu te indicar onde comprar por aqui, só existem os DVDs americanos com áudio e legendas em inglês. Portanto, você pode procurar estes episódios, ou partes deles, no Youtube, ou então no Dailymotion, mas eu pessoalmente recomendo o site KissCartoon, porque lá você tem todas as séries e filmes animados antigos e novos em um lugar só, e completos; foi através do KissCartoon que eu consegui rever esta série fantástica. Pronto? Lá vai!

FREAKA-SÓDIOS!

1. Dance of Doom
O primeiro episódio. Ele já mostra que o Freaka já existe faz algum tempo, e é uma aventurinha bacana onde ele tem que parar o Caveman, aqui conhecido como Cavernoso, um vilão da série que é uma mistura de Hulk com o Fera dos X-Men, porque ele é cinza e violento mas ao mesmo tempo cultinho, com fala macia. Neste episódio o Dexter recebe um "não" de três garotas que tentou convidar para um baile, e o Freaka tira proveito disso no final. É "vazio, gratuito e totalmente baseado em hormônios"... mas que funciona, funciona! Imperdível! E tem a famosa frase que poderia ser dita em um show do James Brown: "ponte baaaaixa, todo mundo abaixaaaado!"

2. Candle Jack (in SCREAM-O-VISION)
Este foi o episódio de onde se originou a minha brincadeira aí acima no texto. Ele envolve o vilão Candle Jack, aqui conhecido como Castiçal. É uma singela historinha de terror, onde toda vez que acontece algo assustador, um grito vem na tela através do sistema SCREAM-O-VISION. Há também uma cena em que o Freakazoid! assusta um grupo de pobres criancinhas, hua ha ha ha! É aterrorizante! Muito aterrorizante! Acredite: você vai gritar!! AAAAHHHH!!!

ESPANTO! "ooooooooohh!"
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3. Hot Rods from Heck
Este aqui eu chamo de o "road-movie" do Freakazoid!. Neste aqui, o vilão é o Longhorn, aqui conhecido como Bovino. Dexter e sua família é atacada no meio da estrada, e o Dexter descobre que o vilão está atrás de armas nucleares; é aí que o Freaka entra em cena, faz umas palhaçadas, torce a perna do irmão do Dexter, faz mais umas gracinhas... e aí vai atrás do chifrudão. Tem até um senhor simpático que nos conta a história de origem dele, pra sabermos melhor o resto da história!

4. The Chip (ep. 6 e 7)
Este é o episódio duplo que conta as origens do Freakazoid!. Ele vai mostrar tudo, como Guitierrez era mal intencionado nas indústrias Pinnacle, como o escocês MacStew tentou pará-lo, como Dexter ganhou o chip, e seus primeiros dias como o herói doidão! Tem também um apresentador bochechudinho chamado Jack Valenti que até nos explica como o sistema de classificação de filmes funciona! Enfim, diversão garantida!

5. Terror on the Midway (in RELAX-O-VISION)
Haha, este episódio é ótimo! Ele continua a ideia da gag cômica do episódio "Candle Jack", só que desta vez, sempre que você ver uma cena de ação começando, será interrompido por uma imagem relaxante! É o sistema Relax-O-Vision! Não fique excitado com Freakazoid! lutando contra ninjas! Não se segure nas cadeiras ao ver Steff sendo raptada pelo Cerebelo, ou ao ver uma bomba explodir! Sente e relaxe vendo um aquário cheio de peixinhos, ou um carro passando adoravelmente na estrada, ou uma bela paisagem pastoril com um relaxante ambiente natural verde e borboletas tocando delicadamente as pétalas das rosas! Enfim, você vai ver é uma bela de uma sátira à indústria da censura! Ah sim, e tem também o Freaka e o Cosgrove indo curtir um banho de lama! Muuuuito relaxante!

ESPANTO! "ooooooooohh!"
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6. House of Freakazoid!
Este é um clássico instantâneo da primeira à última cena! Escrito pelo excelente Paul Dini e prestando homenagem às clássicas produções de terror da Universal, pegando emprestado o nome do filme House of Frankenstein, este episódio é sobre... um homem! Sim, como se dizia nos trailers antigos de cinema, um homem! "ONE MAAN!" Qual o problema dele? Como diria Ney Matogrosso: "vira vira vira homem, vira vira... vira vira lobisomem"! Pois é! Ele vai até a casa do Dexter pra ver se pára com essa bobagem de virar um animal de rabo peludo. A cigana do filme The Wolf Man também faz uma aparição rápida, só pela questão da referência mesmo. Aí o Freaka dá uma de Pernalonga e atormenta o lobinho, até que ele desvire e volte a ser homem de novo. IMPERDÍVEL!

7. Sewer or Later
Como eu disse antes, é missão impossível escolher melhores episódios da série, imagina relacioná-los aqui. Neste mesmo episódio da história anterior, temos este segmento que também me foi muito marcante. A Rainha Cobra comete um delito em uma loja da cidade, e Freakazoid! tem que ir atrás dela; só que ele detesta o esgoto, que é onde a vilã e sua cobra gigante estão alojados! Temos novamente aquele simpático senhor contando as origens da vilã e nos desejando bom dia, temos Freaka e Cosgrove indo para uma exposição de arqueologia, temos o Freaka fazendo um truque com cobras... ah, e temos uma singela piadinha de lábios que afundam! Quem souber inglês, preste bastante atenção!

8. Wrath of Guitierrez
Este episódio é um dos mais importantes! Guitierrez é considerado o arqui-vilão do Freakazoid!, é como se fosse o Coringa, o Lex Luthor, você entendeu. Ele está preso e pede favores, até que um dia consegue ter computador com internet em sua cela. Não, pera... como que o desenho conseguiu prever o futuro do Brasil?? Hã-hããm, enfim... ele digita no computador o código que transformou Dexter em Freaka e apertando a tecla delete, consegue escapar da prisão. Aí ele vai de encontro com o Freakazoid! e  desafia a sobreviver em um jogo baseado em seu game favorito. É doido assim mesmo! Este é o episódio que vemos a referência do filme 2001: A Space Odyssey e o Guitierrez se portar feito um... PAMONHA! Hehehe! Impossível de perder!

9. Dexter's Date
Aahh, o episódio "romântico" do desenho! Bem, he he, mais ou menos! Dexter finalmente consegue marcar um encontro com Steff para ir a um restaurante chique, mas o Cerebelo ataca. Dexter sai de fininho, vira o azulão de pijama vermelho, mas sofre um acidente e leva um choque que faz com que ele não consiga mais voltar a ser o Dexter. Ao invés disso, ele vira a Oprah... David Letterman... Michael Jackson... Barney O Dinossauro... Skipper... Louis Armstrong... bem, você entendeu! Vira uma bagunça e o garoto não consegue mais ser ele mesmo! Só o Cerebelo tem a fórmula para ajudá-lo a voltar ao normal! Tan-tan-taaaaaaan! O episódio inclui um número musical beeeeeeem longo do Cerebelo no salão do restaurante, uma sequência de perseguição entre os antagonistas aplaudida e ovacionada por toda a audiência, e também marca o início da segunda temporada, em que não teremos mais episódios curtos, apenas os episódios convencionais de média de 23 minutos de duração. Ah sim, e a mãe do Dexter fica se despedindo dele o episódio inteiro! Apenas não preste muita atenção nisso, ela é meio biruta mesmo!

10. Hero Boy
Finalmente, eu vou destacar o episódio em que o Guitierrez retorna pra atormentar o nosso herói de novo. De quebra, você vai também conhecer o Meu Herói, o seriado animado favorito do azulão doidão; você vai dar risada com a cópia do Astroboy e sua famosa frase: "eu tenho que vencer!". Junto disso tudo, você ainda terá uma apresentação especial de Guitierrez, e alguns vídeos bem engraçados!

Menções honrosas: O episódio "Mo-Ron", sobre o alienígena verde bobalhão é hilário; "And Fanboy is His Name" também é ótimo, e nos apresenta um tipo de sidekick que ninguém quer, partindo mais ou menos daquela ideia do Mr. Mxyzptlk, a criaturinha da quinta dimensão das histórias do Superman; "The Freakazoid!", além de ter cara de produção do Coppola, ainda tem o herói rindo histericamente, uma tramóia de superação do azulão doidão e ainda, um crossover: Wacko, dos Animaniacs, o Freaka, e o Cérebro, o rato de laboratório de Pinky and the Brain, se encontrando com Spielberg para descobrirem quem é o favorito do produtor e diretor! Finalmente, a participação mais do que especial de Tim Curry no episódio "Island of Dr. Mystico".

E eu não posso me esquecer de falar daqueles segmentos bem curtinhos, ou daqueles episódios em que novos personagens aparecem! Do Freaka, tem os curtas "The Lobe" em que o herói enfrenta o Cerebelo, "Freakazoid! is History", onde temos diversas referências culturais, e "Limbo Lock-Up", em que Freaka é preso e condenado a ouvir o Fanboy tagarelar porque ficou maluco demais! É mole?

De outros personagens, temos uma paródia muito legal de Johnny Quest, chamada "Toby Danger in: Doomsday Bet", temos o Lorde Bravura no curta "Lord Bravery: Office Visit", ainda tentando ser um super-herói em seu segundo episódio, e também temos o dentuço Caçador em "The Huntsman: Terror Palace", que também tenta achar uma forma de ser útil, mas sempre alguém chama ele por engano!

E isso conclui nosso lindo passeio pelo não menos bizarro mundo do Freakazoid!, uma das melhores sátiras de super-heróis já feitas! Gostou? Compartilhe com seus amigos! Espalhe o amor! Espalhe a loucura!!!

Agora vocês já sabem mais sobre a história do Freakazoid!; se lembrou do desenho? Que bom! Então posso desafiar você a contar todas as aparições de Emmitt Nervend no seriado, certo?... Certo??... Ei, tem alguém aí?...

Oh, coelhos malucos! Ok, tudo bem! Boa noite!



...

Eu disse boa noite!

...

Você sabia que a voz do Freakazoid! original é o Sr. Diretor do desenho dos Animaniacs, Paul Rugg? E que no Brasil, quem faz a voz dele é o Guilherme Briggs, que também faz o Superman? Pois é! Aquele momento em que você descobre que o Homem de Aço é um doido azul de pijamas vermelhos perambulando por aí!

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AHHHH!! Estúpido leprechaum! Ok, agora acabou mesmo, meninos! Vão para a cama!

ESPANTO! "ooooooooohh!"
IMPRESS-O-VISION

PAN-PAN-PAN-PAAAAN... PAN!

Freakazoid! (1995-1997)

Produção: Rich Arons, John P. McCann, Paul Rugg, Tom Ruegger, Steven Spielberg, Haven Alexander, Mitch Schauer, Laura V. Perrotta
Criação e roteiro: John P. McCann, Paul Rugg, Paul Dini, Alan Burnett, Tom Ruegger, Bruce Timm, e outros.
Trilha sonora: Richard Stone, Julie Bernstein, Gordon Goodwin, Steven Bernstein, Tim Kelly, Carl Johnson

Dublagem brasileira: Guilherme Briggs, Manolo Rey, José Santa Cruz, Sylvia Salustti, Jomery Pozzoli

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