Ano: 2011
País: EUA
Duração: 97 minutos
Título Original: Take Me Home Tonight
Crítica:
Melhor. Noite. De todas.
Comédia romântica é o gênero que nunca vai se desgastar. Protagonistas
deprimentes e uma garota bonita por quem eles estão dispostos a fazer
tudo é no que geralmente o gênero se baseia para fazer um filme
divertido. Mas, se formos avaliar quantos filmes com esta base existem, Uma Noite Mais que Louca acaba nos apresentando mais do mesmo, ou pelo menos, no geral, já que o filme se saiu muito bem em todos os aspectos.
A história segue Matt, um jovem que acabou de se formar, mas sofre com o
dilema de não saber o que fazer da sua vida. Quando ele reencontra sua
paixão do colegial, decide mentir a ela e dizer que está seguindo uma
ótima carreira, pois achou que só isso faria ela cogitar a possibilidade
de lhe dar uma chance. Na festa do namorado de sua irmã, Matt vê uma
ótima oportunidade para conquistar a garota dos seus sonhos e fazer
dessa noite a melhor de toda a sua vida, pelo menos até ela descobrir a
verdade.
O filme, apesar dos clichês, consegue se virar muito bem. Não é de hoje
que existem protagonistas com um dom especial para não conseguir chegar
em mulher nenhuma, ou aquela garota que ganhou como rainha do baile no
colegial e continua sendo o sonho de todo mundo, mas a qualidade do
filme dependeu muito de como ele organizou tudo isso. Os personagens não
são rasos, nenhum deles, nem o gordinho coadjuvante que quase não teve
haver com a história principal. Uma pena que no resultado final a gente
perceba que o filme foi mais louco do que engraçado. Isso acontece
porque a gente acaba se perdendo no drama de Matt e o filme se
transforma num romance de bom gosto.
E não tem como não torcer para os desastrados, não é? Deve ser por isso
que eles sempre são os protagonistas das comédias, afinal, não teria
graça ver alguém que consegue tudo o que quer. E Matt é a personificação
perfeita do cara excluído que não tem esperança de conseguir a garota
que quer. Apenas com essa frase já dá pra imaginar as situações
constrangedoras em que ele se mete sem assistir nem quinze minutos de
filme. Quis dizer com isso que existe cenas no filme em que é melhor
fechar os olhos do que continuar assistindo as tentativas frustradas de
Matt, porque no final a vergonha alheia fala mais alto.