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quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Umberto Eco era famoso tanto por sua criação literária como por suas lúcidas e polêmicas declarações.


 autor de romances como "O Nome da Rosa" (1980), "O Pêdulo de Focault" (1988) e "Número Zero" (2015), reunimos dez frases que ilustram o que ele pensava sobre temas diversos, da internet a Deus.

1. Sobre os livros

"Os livros não são feitos para alguém acredite neles, mas para serem submetidos à investigação. Quando consideramos um livro, não devemos perguntar o que diz, mas o que significa." - O Nome da Rosa

2. Sobre os pais

"Acredito que aquilo em que nos transformamos depende do que nossos pais nos ensinam em pequenos momentos, quando não estão tentando nos ensinar. Somos feitos de pequenos fragmentos de sabedoria." - O Pêdulo de Focault

3. Sobre Dios

"Quando os homens deixam de crer em Deus, não significa que não creem em nada: creem em tudo."

4. Sobre o amor

"O amor é mais sábio que a sabedoria." - O Nome da Rosa

5. Sobre os heróis

"O verdadeiro herói é herói por engano. Ele sonha em ser um covarde honesto como todo mundo."

Getty

Crédito,Getty

6. Sobre os vilões

"Os monstros existem porque são uma parte de um plano divino e, nas características horríveis desses mesmos monstros, revela-se o poder do criador." - O Nome da Rosa

7. Sobre a poesia

"Todos os poetas escrevem poesia ruim. Os poetas ruins as publicam, os poetas bons as queimam."

8. Sobre o jornalismo

"Não são as notícias que fazem o jornal, mas o jornal é que faz as notícias, e saber juntar quatro notícias diferentes significa propôr ao leitor uma quinta notícia" - Número Zero

9. Sobre a internet

"As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis" - ao jornalLa Stampa.

10. Sobre a corrupção

"Hoje, quando afloram os nomes de corruptos e fraudadores, as pessoas não se importam com isso, e só vão para a cadeia os ladrões de galinhas." - à agência EFE

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

A Relíquia segundo Marcatti

 


Relíquia MarcattiFrancisco Marcatti Júnior (nome artístico: Marcatti) é um cartoonista brasileiro (n. em Sâo Paulo, em 1962), representativo de uma banda desenhada com tendência marginal, subversiva e provocatória,  cultivando um estilo acentuadamente expressionista (ver http://marcattihq.blogspot.pt/ ). Marcatti publicou em várias revistas brasileiras identificadas com aquela orientação, designadamente Chiclete com Banana Casseta & Planeta; nos últimos anos,  dedicou-se ao romance gráfico (graphic novel), um género da banda desenhada que pode ser considerado homólogo do romance literário. No romance gráfico, uma história com a dimensão e com a complexidade estrutural que usualmente encontramos no romance, desenvolve, em banda desenhada, uma ação relativamente longa, cultivando  uma dinâmica narrativa similar à daquele grande género.

No caso d’A Relíquia de Eça de QueirósMarcatti leva a cabo  uma remediação daquele relato queirosiano: na sequência de uma primeira representação – aquela que Eça de Queirós levou a cabo, quando compôs A Relíquia como romance crítico e satírico dos costumes clericais e devocionais do Portugal oitocentista –, Marcatti procedeu a uma representação da representação. Para isso, recorreu ao suporte, à linguagem e à lógica narrativa da banda desenhada, alargada à dimensão do romance gráfico.

Relíquia Marcatti2